O Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) acaba de ter aprovado, no âmbito do Programa Ciência sem Fronteiras, do CNPq e Capes, um projeto que busca avaliar o risco de câncer para pacientes submetidos a exames de tomografia computadorizada na infância. O trabalho “Tomografia computadorizada pediátrica no Brasil: frequência de utilização, dose absorvida e risco de indução de câncer de tireóide” será desenvolvida entre 2013 e 2015 em parceria com a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), pelos pesquisadores Lene Veiga, Ana Dovales e Luiz Rosa.
Além de recursos orçamentários de custeio e capital, o projeto foi contemplado com uma bolsa doutorado sanduíche e uma bolsa de especialista visitante. Mark Pearce, pesquisador sênior e professor titular da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, será o especialista visitante e virá regularmente ao IRD para prestar assessoria técnico-científica ao projeto e ministrar aulas na pós-graduação. Pearce coordena no Reino Unido os estudos desenvolvidos com grupos de pacientes submetidos a exames de tomografia computadorizada na infância, para avaliar o subsequente risco de câncer de cérebro e leucemia. Os primeiros resultados deste estudo publicados recentemente na revista Lancet foram alvo de grande atenção da mídia na Europa e Estados Unidos.
Com o projeto brasileiro, espera-se acompanhar ao longo de anos grupos de crianças submetidas a exames de tomografia, para avaliar risco de desenvolvimento de câncer. O uso de exames de radiodiagnóstico tem aumentado e os dados provenientes de estudos nessa área são escassos em todo o mundo, apontam os pesquisadores. Especialmente pacientes em algum tipo de tratamento se submetem algumas vezes ao mesmo exame.
FONTE: CONTER
01/03/13