Um exame especial ocorreu recentemente no Centro Médico de Meander, na Holanda. Uma múmia de aproximadamente mil anos recebeu um exame de Tomografia Computadorizada e teve amostras retiradas por meio de endoscopia. Vários profissionais de diversos hospitais colaboraram com o projeto.
Especialista no campo da arte e da cultura budista e curador no Museu Mundial de Rotterdam, Erik Brujin se tornou o líder dos estudos. Além dele, o doutor Reinoud Vermeijden e o radiologista Bem Heggelman ajudaram a receber a múmia chinesa no hospital e realizaram exames internos. Acredita-se que a múmia é datada entre os séculos XI a XII.
O objeto de estudo trata-se do corpo mumificado do mestre budista Liuquan, que pertenceu a Escola Chinesa de Meditação. A descoberta da múmia é de grande significado cultural, uma vez que não é apenas a única de seu tipo, mas também a única múmia chinesa-budista que está disponível para pesquisas científicas no Ocidente. Por meio da endoscopia, Vermeijden coletou amostras de materiais não identificados e examinou as cavidades torácicas e abdominais. Dentre todos os tipos de material no espaço em que existiam órgãos, foram encontrados pedaços de papel que foram estampados com antigos caractéres chineses.
Heggelman fez um exame de Tomografia Computadorizada que mostrou como é a múmia por dentro e coletou amostras de ossos para testes de DNA. A múmia recentemente foi levada para a Hungria, onde ficará disponível para exposição no Museu Nacional da História de Budapeste, até maio de 2015.
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23/02/15