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Os moradores de Itapuã do Oeste, no estado de Rondônia, precisam percorrer mais de 110 quilômetros, até a capital Porto Velho, para fazer exames radiológicos simples que poderiam ser realizados no hospital da própria cidade. Toda essa peregrinação acontece porque o município tem um equipamento de raios X novinho, recebido há mais de um ano, que continua encaixotado e sem funcionar.

O flagrante foi registrado no pequeno Hospital José Baioco pela fiscal Josiane Ramos, do Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 18ª Região (CRTR Acre e Rondônia). “Deixar um equipamento bom como esse esquecido é um descaso absurdo. A população precisa de atendimento e os profissionais estão desmotivados, apenas cumprindo horário”, desabafa.

A situação agrava-se ainda mais: os profissionais do setor de Radiologia do município recebem abaixo do piso salarial, não possuem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e trabalham em instalações completamente sucateadas.

(Fotos: Josiane Ramos – CRTR 18ª Região)

Mais problemas

O município de Ji Paraná também recebeu a visita do CRTR 18ª Região. A fiscalização constatou a falta de EPIs para os profissionais e falta de exaustor na sala de exames do hospital da cidade. Além disso, os produtos químicos são jogados diretamente na rede de esgoto comum, um atentado claro contra a Portaria ANVISA nº 453/98.

Diante das irregularidades, o CRTR 18ª Região formulou denúncia sobre a situação dos estabelecimentos ao Ministério Público e aguarda a investigação dos casos.

              

(Hospital Municipal de Ji-Paraná/RO: outro estabelecimento visitado pelo CRTR 18ª Região)