A qualidade do ensino faz toda a diferença na vida dos profissionais das técnicas radiológicas. Aqueles que estudam em escolas reconhecidas e de boa qualidade, se dedicam efetivamente ao estágio supervisionado, realizam atividades de extensão e conhecem verdadeiramente o contexto no qual estão inseridos encontram menos obstáculos para conseguir um lugar ao sol em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.
Muitos internautas entram em contato com o Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER) pelas redes sociais, para obter informações sobre a qualidade e certificação de escolas e cursos profissionalizantes. Essas pessoas querem se certificar se estão fazendo uma boa escolha antes de tomar uma decisão definitiva.
Entretanto, o CONTER não possui dados sobre escolas e cursos profissionalizantes, essa prerrogativa é das secretarias estaduais e municipais de educação. A autarquia mantém apenas os dados dos profissionais legalmente habilitados para o exercício profissional. Contudo, nosso assessor de assuntos educacionais, doutor João Raimundo Alves dos Santos, conhece o segmento e pode dar algumas dicas importantes para evitar que você seja vítima de alguma instituição de ensino sem credibilidade.
Onde você pode se informar sobre as escolas e cursos antes de escolher
Como o Brasil possui três esferas administrativas – Federal, Estadual e Municipal – A Lei n.º 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) definiu que o ensino médio (onde está enquadrado o Técnico em Radiologia) é prioridade dos Estados. Dessa forma, os cursos técnicos ofertados por escolas particulares e pelas redes estaduais ou municipais devem ser autorizados para o funcionamento e fiscalizados pelas Secretarias Estaduais de Educação.
Cada secretaria tem autonomia para definir como manter o cadastro. Assim, para saber se um curso é autorizado, a pesquisa dever ser feita diretamente em cada secretaria de estado. “A consulta formal não elimina a necessidade de conhecer a instituição e conversar com as pessoas que estudam lá. Antes de começar um curso, tire um dia para visitar as instalações de onde você pretende passar os próximos anos da sua vida. Vale a pena”, frisa doutor João Raimundo.
Há também os cursos ofertados pela esfera federal (escolas técnicas, institutos federais de educação, etc). Essas instituições têm autonomia para criar os seus cursos e depois devem informar ao MEC.
Inclusive, o MEC também mantem o Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica. O site possui um cadastro atualizado com as escolas profissionalizantes autorizadas em nível estadual e federal. Para consultar, clique aqui
Detalhes importantes
Antes de escolher a escola onde pretende estudar, o aluno deve fazer uma pesquisa básica, conversar com as pessoas que estudam na instituição, procurar saber sobre a formação dos professores, sobre a qualidade dos laboratórios, entre outros detalhes não menos importantes. “Escolher a instituição de ensino é um dos passos mais importantes para o sucesso profissional. Essa decisão merece reflexão, não pode ser tomada por impulso”, frisa dos Santos.
Vale lembrar que um curso técnico em Radiologia deve ter carga horária mínima de 1,2 mil horas. Já o curso superior em Radiologia deve ter 2,4 mil horas, no mínimo. Além disso, para ser diplomado e ter direito à habilitação legal, o aluno deve comprovar 400 horas de estágio supervisionado obrigatório.
FONTE: CONTER
06/09/13