A Faculdade de Medicina da USP inaugurou na sexta-feira, 13 de março, a mais potente ressonância magnética da América Latina, em um projeto que também envolve a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e o Hospital das Clínicas. O equipamento, o segundo em todo o hemisfério sul, será utilizado em ensino e pesquisa e irá contribuir para o aperfeiçoamento do diagnóstico por imagem em doenças como o câncer, por exemplo.
A ressonância magnética de 7 Tesla, que possui cerca de 140 mil vezes o campo magnético da terra, foi adquirida por US$ 7,6 milhões, com recursos da USP e da Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Fundação Faculdade de Medicina e da Fapesp.
O alto nível de refinamento das imagens geradas pelo aparelho irá permitir maior detalhamento das autópsias virtuais, permitindo comparações precisas com os tecidos biológicos. Isso significará um avanço no diagnóstico por imagem, que ganhará em precisão. Assim, o projeto irá colaborar para que, por exemplo, o diagnóstico de doenças como o câncer possa ocorrer de forma mais precisa e cada vez mais precoce.
Também no ensino o equipamento será de grande utilidade, uma vez que os alunos poderão estudar anatomia por meio das imagens produzidas pela ressonância de 7T, podendo utilizar as técnicas tridimensionais e interagir com elas, simulando cirurgias, movendo e girando as imagens.
O uso do equipamento contará com a parceria do Serviço de Verificação de Óbitos da Capital, unidade responsável pela autópsia de cerca de 14 mil pessoas mortas por causas naturais por ano, o que coloca a nova ressonância da FMUSP em uma posição única para a pesquisa no mundo.
“Este é mais um importante passo, que mostra o nível internacional da pesquisa e do ensino realizados pela Faculdade de Medicina da USP. Esta ressonância de 7 Tesla permitirá um avanço importante também no diagnóstico por imagem, com benefícios para todos”, afirma Giovanni Guido Cerri, professor titular do Departamento de Radiologia da FMUSP.
17/03/15