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As mãos de três trabalhadores foram irradiadas acidentalmente numa indústria em Camaçari, Estado da Bahia, Brasil.

O diagnóstico clínico de radiodermite aguda foi possível, antes mesmo da confirmação dosimétrica da ocorrência, em virtude das manifestações cutâneas exibidas, precedidas por um eritema, e também pelas histórias ocupacionais. As avaliações das doses recebidas pelos acidentados, usando-se restituições com dosímetros termoluminescentes, tiveram boa correlação com as doses estimadas em função das manifestações clínicas.

A causa imediata do acidente foi a má manutenção do equipamento que levou a sua janela posterior a ficar permanentemente aberta, porém foram fatores contributórios importantes a falta de informação dos empregados sobre os possíveis efeitos biológicos das radiações ionizantes e o não seguimento dos procedimentos operacionais corretos.

A descrição deste acidente é importante, face ao grande número de difratômetros existentes em laboratórios, universidades, centros de pesquisa e indústrias. Tais aparelhos são considerados “virtualmente isentos de risco ocupacional”, o que não é verdadeiro, como comprova a ocorrência que descrevemos.

A evolução médica dos pacientes tem sido satisfatória, especialmente em virtude da baixa energia do feixe de raios X do difratômetro e, em conseqüência, da sua pequena penetração tissular.

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09/02/15