A Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS) resolveu retratar, na matéria de capa da sua revista, uma descrição detalhada sobre a trajetória dos auxiliares, técnicos e tecnólogos em Radiologia no Brasil. As competências, esforços e problemas dos profissionais das técnicas radiológicas foram relatados, de forma realista, ao longo de oito páginas.
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Ao longo da matéria, destaca-se o papel dos profissionais da classe no estudo da visualização de ossos, órgãos ou estruturas por meio do uso de radiações (sonoras, eletromagnéticas ou corpusculares). O prestígio ao profissional fica por conta do manuseio de tecnologias imaginológicas avançadas, como a ultrassonografia, tomografia computadorizada, mamografia e ressonância magnética, que ganharam grande visibilidade nas últimas décadas. “Nesse contexto, destaca-se o papel do técnico (e do tecnólogo), cuja profissão foi regulada pela Lei nº 7.394, em 29 de outubro de 1985, e regulamentada pelo Decreto nº 92.790/1986”, informa a RET-SUS.
Para a presidenta do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER), Valdelice Teodoro, não existe equipe multiprofissional de saúde sem os profissionais das técnicas radiológicas. “Nós somos os olhos da medicina. Sem o trabalho do nosso profissional, não tem diagnóstico por imagem. Na medida em que a tecnologia evolui, nosso papel se torna mais evidente. Da operação à supervisão radiológica, não há um só procedimento além da nossa competência”,explica Valdelice.
Confira os principais trechos da matéria
> Para a presidenta Valdelice Teodoro, o principal desafio da categoria é evoluir tanto no plano educativo quanto legislativo. “A Lei n.º 7.394/85, que regula o exercício das técnicas radiológicas no Brasil, tem 30 anos, está defasada, não atende mais as necessidades sociais do país”, avalia. Ela defende a criação de um novo marco regulatório para a área, que compreenda as novas tecnologias e delimite claramente os campos de atuação. “Precisamos aprovar o Projeto de Lei n.º 3.661/12, que está em tramitação no Congresso. Com isso, resolvemos essa parte”, recomenda, fazendo alusão ao PL de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS) e que, atualmente, tramita na Câmara dos Deputados, propondo a regulamentação da profissão de técnico e tecnólogo em Radiologia e de bacharel em Ciências Radiológicas.
> “O Brasil é um país diverso, qualquer generalização não me parece razoável. Temos hospitais, clínicas e governos que respeitam as leis, cumprem as normas e os serviços radiológicos funcionam bem. Mas, por outro lado, existem regiões pobres e sem qualquer infraestrutura, onde impera a desinformação”, observa a presidente, acrescentando que, em 2011, o órgão produziu documentário que evidenciou a complexidade da situação, mostrando a realidade do profissional das técnicas radiológicas e os riscos envolvidos na operação. “Considero preocupante a má qualidade da educação na área das técnicas radiológicas observada em muitos lugares, especialmente no setor privado. Boa parte aprende mesmo é na prática”, avalia.
> Qual a importância do técnico? De acordo com o livro “Diretrizes e Orientações para a Formação do Técnico em Radiologia”, publicado pelo Ministério da Saúde (MS) em 2011, esse profissional atua na área da saúde como integrante da equipe de Radiologia. O técnico desenvolve ações de apoio ao diagnóstico por imagem e à terapêutica radiológica na atenção básica, na média e alta complexidade, referenciadas nas necessidades de saúde individuais e coletivas e determinadas pelo processo saúde-doença.
> Diversas modalidades como o de arco-cirúrgico, radioterapia, braquioterapia, ressonância magnética, medicina nuclear, densitometria óssea, raio X digitalizado e raio-X digital, mamografia, hemodinâmica e tomografia computadorizada já podem ser realizadas na capital e em alguns municípios do interior. “A evolução dos serviços básicos em radiologia em todo o estado caminha para esse novo tempo e a ETSUS Acre tem um papel importante nisso e colabora para um melhor atendimento à população”.
Sobre a RET-SUS
A Rede de Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde (RET-SUS) é uma estratégia de articulação, troca de experiências, debates coletivos e construção de conhecimento em Educação Profissional em Saúde. É composta por 40 escolas técnicas, centros formadores de recursos humanos e escolas de Saúde Pública do SUS que existem em todos os estados do Brasil. São todas instituições públicas, voltadas para a formação dos trabalhadores de nível médio do sistema de saúde. Dessas, 33 são estaduais, seis são municipais e uma é federal. A maioria está vinculada diretamente à gestão do SUS, e as que pertencem a outras secretarias têm gestão compartilhada com a Saúde.
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27/03/15